terça-feira, 16 de março de 2010

"Ne Me Quitte Pas" disse Paris

Okayyy
Ultimo dia. Eu sozinha com a missão de chegar no aeroporto de Paris, e voltar pra casa.
Aparentemente fácil não é? Passagens e passaporte na mão, malas... mas...

Peguei um daqueles vôos low coast de Barcelona a Orly, nas redondezas de Paris. Cheguei de madrugada e foi uóoo eu conseguir encontrar o ônibus da Air France que, supostamente, me levaria ao aeroporto Charles de Gaulle. Depois de uns 40 min congelando no frio, eu descubro que estava a uns 300m da Champs Elysees (muitos mais ônibus) e com todo o “charme e delicadeza da boa vontade francesa” eu forço a entrada no último ônibus da Air France.


Bom, chegando lá no aeroporto (umas 2h da matina) eu me recosto numa cadeira para esperar meu vôo, as 7h do mesmo dia. Deito na cadeira, com um pé enrolado em cada mala, assim meio que numa posição de frango assado...eu começo a dormir. Tres horas depois, “as treva”: alguém do meu lado começa a resmungar durante o sono...em português! E com sotaque nordestino! Ai senhor.. só podia...

Tava lá um desses brasileiros que “tentam a vida na zoropa”. Ele era suuper novinho, 19 anos eu acho. Ficou um ano e meio, não se adaptou e tava tentando voltar. Só que detalhe: a empresa que tinha ajudado ele a entrar na Europa tinha sumido, e isso incluía a passagem de volta. Tentei ajudar, entramos na internet, tomamos café da manha...

Deram 6h, fiz meu check in e me preparei para o embarque. Deram 6h30 e resolvi ir ao banheiro antes de embarcar. Deu 6h35 e tcharaaaam: tinham encerrado o embarque! Como assim?? Embarque de 5 min? Cést Air France, mon cherie...
E eu perdi o vôo por uma cagada...hehehe...
Não que eu reclamasse por ficar mais um dia em Paris... mas eu deveria estar na minha mesa de trabalho no dia seguinte as 9h da manha.
Bom... la fui eu ligar para o escritório e explicar isso, andar 30 min de asa a asa naquele aeroporto louco atrás de outra passagem, fazer cara de choro no guichê da Air France (assim eu só paguei 49 euros pela multa), e me hospedar no Ibis do aeroporto pois como a L’oreal diz: “Porque eu mereço”.
Todo esse trâmite me deu apenas meio período da tarde e a noite em Paris. Peguei mais do mesmo.

Caminhei novamente ao redor da Torre, nas margens do Sena com rodos os castelos, na Place dês Voges (linda, linda, linda) e terminei meu passeio na Champ Elyses, com um café delicioso num bistrô, e para meu delírio de makeu-up-freak: me embelezando gratuitamente na Sephora (catedral absoluta de maquiagens). E para encerrar a noite, uma vista que suuuper indico: subir no Arc du Triumph a noite.

Varias idas ao banheiro depois (só para garantir), dia seguinte estava eu, embarcando de volta ao Brasil, pronta para assistir todos os filmes disponíveis no avião... feliz, feliz, feliz...
Pode crer, hoje sou outra pessoa depois disso. Uma pessoa muito mais preparada para rir dos perrengues, pelo menos.

De paris


De paris


De paris


De paris


De paris


De paris


De paris


De paris